Sexualidade e Escola

Há muitos anos O Ministério da Saúde lançou um projeto nas escolas das cidades brasileiras que previa a distribuição de preservativos para alunos de escolas públicas a partir de 14 anos.  As questões sexuais constituem um importante capítulo na trajetória de vida de um jovem em idade escolar. Masturbação, alterações corporais, relacionamento com o outro sexo, excitações, ereções, lubrificações, desejos, prazeres em certas zonas corporais e outras manifestações que muitas vezes não são faladas em casa, terão na escola um espaço de investigação e expressão. Justamente um espaço, que segundo Freud, deve ajudar a orientar a sexualidade num caminho seguro e negar sua existência.  

É fato que a sexualidade existe e será assunto de importância para os adolescentes e não será uma distribuição de camisinhas que provocará as questões com sexualidade, pois este já é um tema presente nas vidas deles. Os jovens já têm informações sobre sexo, prevenção de doenças, etc. Apesar disso as chamadas DSTs continuam a se espalhar, assim como aumenta o número de adolescentes grávidas.

Sexualidade e Escola professora alunos sala de aula

O importante é questionar a ineficiência da informação. Por que as informações repassadas não têm a força de se traduzir em ações? Como é que estamos conversando com os jovens? Que lugar tem sido dado à sua subjetividade? Se tais fatores não forem levados em consideração, a simples distribuição de camisinhas terá o mesmo efeito de uma informação transmitida de forma impessoal. 

Tudo isso leva a um questionamento acerca da formação humana do professor. Sabe-se que o período escolar produz fortes impressões psicológicas na vida de um jovem e é responsável por aspectos da vida futura. Os professores têm uma função importante, pois vão se constituir em personagens para a formação ética dos alunos. Nos aspectos emocionais, as crianças estabelecem com seus professores certas relações de idealização, projeção de afetos de amor e ódio, identificações. 

Independente da forma como se desenvolvam essas relações, sempre algum professor marcará efetivamente a vida de um adolescente. 

Freud diz: …é difícil dizer se o que exerceu mais influência sobre nós e teve importância maior foi a nossa preocupação pelas ciências que nos eram ensinadas, ou pela personalidade de nossos mestres. 

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