Angústia e Sofrimento

Freud escreveu assim:

“O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens.” (Freud, O mal-estar na Civilização, 1929).

E, tudo o que se passa com o sujeito, será sentido no corpo que vai manifestar-se, emitir respostas, sinalizar. O que chama a atenção é o fato do corpo adoecer, de aparecerem sintomas, revelando que muito do que está acontecendo não está sendo observado, analisado. Mas o corpo sente.

O que se esconde atrás de um sintoma? O que está sendo ignorado por aquele que sofre? Perguntando isto, abre-se um universo de histórias muito particulares a cada sujeito.

Angústia e Sofrimento

Desde o nascimento, o sujeito passa a sofrer as conseqüências de uma história familiar. Passará pelas mais variadas experiências, sofrer privações, proibições, receber um número imenso de informações, terá de lidar com os desejos de outros, poderá ser mais ou menos estimulado para as coisas da vida, desenvolverá uma estrutura mais ou menos rígida, vai se deparar com a sexualidade, com a morte, as experiências escolares, as amizades, a agressividade, os afetos, os desejos, os medos, os limites, as perdas, os fenômenos de grupo, a pressão social em diversas áreas, etc.

Essas vivências acima vieram acompanhadas de palavras? De que forma se estruturaram estas vivências? Geraram conflitos? 

Um dos caminhos daquilo que não é reconhecido e se fazer reconhecer é através do sintoma.

Sabemos que os relacionamentos com os outros e com o mundo externo muitas vezes trazem situações que geram raiva, agressividade, incompreensão, injustiça, ciúme, etc. Para onde tudo isso tem sido canalizado? Se tem ficado acumulado, o resultado poderá ser uma grande pressão que explodirá e o corpo pagará um preço alto.

Constatamos na clínica o corpo apresentando: dores de cabeça, depressão, obesidade, uso de drogas, angústia, paralisias, úlceras, agressividades, distúrbios do sono e do apetite, problemas de pele, stress, mal-estar, vertigens, impotência sexual e outros distúrbios de sexualidade, medos, tumores, distúrbios da visão, além de outras manifestações.

E a cura? Ela poderá vir se houver um espaço onde o sujeito possa falar, ser escutado, e o mais importante, ESCUTAR-SE.

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